terça-feira, 13 de março de 2012

ANVISA PROÍBE VENDA DE CIGARROS COM SABOR NO BRASIL



A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) decidiu hoje proibir a venda de cigarros com sabores no Brasil. A agência defende que o sabor – como menta, chocolate e cereja – pode atrair crianças e adolescentes para o consumo de tabaco. O artifício também serviria para mascarar o gosto e a irritação causada pela fumaça do cigarro.
A determinação também afeta produtos importados, mas exclui os fabricados no Brasil para serem exportados. Segundo a Anvisa, 85% da produção nacional de cigarros e derivados do tabaco é destinada ao mercado externo.
Com a medida, é proibida a adição de adoçantes, flavorizantes, aromatizantes a qualquer cigarro ou produto derivado do tabaco. As empresas tem um ano para se adequar à regra, alterando marcas e embalagens, e outros seis meses para esvaziar os estoques.
A agência também proibiu o uso de expressões como “light” e “suave” nas embalagens.





Banir cigarros com sabor pode estimular contrabando, diz Abifumo



A Associação Brasileira da Indústria do Fumo (Abifumo) vai avaliar o impacto financeiro que a decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de banir os cigarros aromatizados e com sabor no País vai causar no setor. O diretor executivo da entidade, Carlos Galant, argumenta que a medida pode estimular o contrabando.
O setor defendia a permanência dos cigarros mentolados e dos que têm sabor de cravo, que foram banidos pela Anvisa, justificando que um estudo norte-americano mostra que o mentolado não eleva o risco à saúde. Os cigarros de mentol representam apenas 3% das vendas, conforme dados divulgados pelos fabricantes na semana passada. 
“Os cigarros mentolados já se encontram presentes no mercado brasileiro há décadas. O risco de câncer de pulmão ao cigarro mentolado é 41% menor.”
A indústria nacional e as importadoras terão um ano para adaptar o processo de fabricação do cigarro e seis meses para retirar de circulação os aromatizados. Para outros produtos, como charuto e cigarrilha, o prazo foi ampliado. São 18 meses de adequação e seis meses para recolhimento do mercado. 
A Anvisa cedeu aos apelos da indústria do fumo e manteve a adição de açúcar ao produto, porém limitada à reposição do açúcar perdido na secagem da folha de tabaco. Segundo os fabricantes, o tipo de fumo mais usado no País perde açúcar no processo de produção e, por isso, é necessária a reposição. A medida vale para os produtos nacionais e importados. Estão isentos os destinados à exportação.

Fonte: Agência Brasil.

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