sábado, 24 de março de 2012

EM BUSCA DA LIBERDADE

Hoje publico um artigo de meu amigo e colega Jorgan Weis, o qual aborda o tema liberdade, no mais âmplo sentido da palavra.
Tal tema trata de nosso bem maior depois da vida, portanto importa à todos nós.
Curtam o artigo abaixo:

Em busca da Liberdade

Quando ouço ou penso na palavra liberdade, no mesmo instante, sou abduzido por uma força insana que me arrasta para bem longe de tudo aquilo que reflete segurança, pois a magnitude do significado dessa expressão é algo que me faz ficar inebriado, desafiando qualquer lógica e sensatez. Aliás, não há nada de lógico em ser livre, pelo contrário, pois o senso crítico do mundo contemporâneo parece estar invertido, e a liberdade já não encontra sua verdadeira imagem, já que as máscaras dominam as faces na tentativa de vender uma efígie socialmente correta. Isso tudo não passa de um verdadeiro engano, já que a imagem que é vendida não passa de uma representação ilusória, ludibriando somente àqueles que se deixam levar pelas superficialidades de suas vidas. São poucos os que conhecem literalmente o significado de liberdade, essa força irracional que atinge de forma indelével àqueles que ousam experimentar de sua força e romper com esse ciclo vicioso que chamamos de sociedade, ou melhor, um bando de hipócritas unidos por um interesse comum. A plenitude da vida não está escondida em paradigmas ou qualquer coisa do tipo, mas pelo contrário, o verdadeiro sentido da vida é encontrado quando você se liberta e passa a viver experiências de tirar o fôlego, adotando um modelo de vida nada convencional, em que a paixão pela vida vai muito além daquilo que chamamos de princípios morais. Ser livre é libertar-se da escravidão de um passado melancólico e se jogar a um horizonte isento de regras, onde reside a simplicidade e a verdadeira essência da vida, pois a liberdade é uma força que impera sobre tudo aquilo que acontece de forma espontânea e natural, sem necessitar qualquer forma de manipulação. Nascemos livres e nos tornamos escravos por nossa própria vontade.  Só pode ser livre o homem que busca a verdade, não há como ser livre de outra forma. Não consigo entender essa devoção simulada a tolices cotidianas, onde as pessoas possuem uma disposição imensa para o engano propositado, vivendo acobertadas sob a ilusão de suas vidas, já que acreditam estar vivendo, quando na verdade estão hipnotizadas pelas suas próprias condutas malévolas. O desapego a opiniões apreciáveis unido com uma dose certa de autenticidade pode ser o elixir para o despertar desse sono hipnótico. A liberdade está caracterizada pela facilidade em deixar de lado aquilo a que se tinha apego sem maiores ponderações, pois o homem que goza de liberdade atinge essa condição através de um impulso espontâneo que independe de reflexão. O individuo livre realiza uma série de rupturas de ordem pessoal, deixando de lado algumas restrições e abandonando de vez algumas solicitações, passando a decidir de forma independente a sua idéia de liberdade pessoal. Somente através dessa forma de pensar autônoma é que o homem consegue romper o seu vínculo com as regras morais e adaptar o seu comportamento ao seu verdadeiro valor moral, pois não há como atingir a liberdade sem que haja há uma quebra nos padrões das relações sociais. Não há nada de objetivo no conceito de liberdade, pelo contrário, a sua raiz consolida-se na subjetividade de operar livremente do modo mais satisfatório para alcançar a sua plenitude. Ademais, a liberdade não é a parte final que elucida um enigma, mas um estado de espírito que não encontra espaço em arbitrariedades. Enfim, a restrição à liberdade geralmente encontra guarida em questões sociais, ligadas a interferências morais que escravizam as mentes e tornam os homens prisioneiros de suas escolhas. De fato, nossas atitudes e a nossa consciência íntima são controladas pela nossa própria vontade e convicção em buscar a verdade, pois somente àquele que não oculta seus vícios sob a capa da hipocrisia terá sucesso em sua busca pela liberdade.
Jorgan Weis

Publicação autorizada pelo autor.

Um comentário:

  1. Satisfação em ter um trabalho publicado no blog do nosso amigo Ivan!

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