segunda-feira, 19 de setembro de 2011

BR-116 NO RIO GRANDE DO SUL, PASSA A SER MONITORADA POR CÂMERAS DE SEGURANÇA, A PARTIR DE HOJE - SISTEMA INÉDITO NO BRASIL

Vigilância da rodovia por 24 aparelhos fixos e quatro móveis será inaugurado nesta segunda.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) ganhará, a partir desta segunda-feira (19), o auxílio de 24 câmeras de vigilância para monitorar por 24 horas os 36 quilômetros da BR-116, no trecho entre Porto Alegre e Novo Hamburgo. Transmitidas por fibras ópticas e por equipamentos de rádio de alta capacidade, as imagens mostrarão a rodovia mais perigosa da região em tempo real. O sistema também é formado por quatro equipamentos móveis, ligados a veículos da PRF por meio de acesso Wi-Fi. 
A solenidade de inauguração da Central de Operações de videomonitoramento será hoje, às 11 horas, na sede da central, na BR-290, com a participação do vice-governador Beto Grill. Os equipamentos já estão em operação e suas imagens, que podem chegar em até 36 vezes de zoom, serão observadas por três policiais em oito televisões e seis computadores.

Melhorias no atendimento

O chefe de comunicação social da PRF, Alessandro Castro, explica que os equipamentos vão ajudar no monitoramento do fluxo de veículos. “Não existe nenhuma Polícia que tenha o próprio equipamento de videomonitoramento. Na BR-116 são em média 12 acidentes diários em todo o percurso interior-Capital e vice-versa. Queremos melhorar nosso atendimento, prestando mais qualidade, mais velocidade, orientar profissionais da Polícia em perseguições e evitar acidentes.”

Tecnologia inovadora no País

A tecnologia permite a contagem instantânea de veículos por minuto em diferentes trechos. O gerente da G4S Plantech Instalarme, empresa responsável pela instalação, Márcio Tranche, conta que a forma de transmissão de imagens em quatro veículos da PRF é inovadora no País. “Existem testes em outros lugares. Mas em completo funcionamento apenas no Rio Grande do Sul.” A PRF do Estado também inova em ter os próprios equipamentos de videomonitoramento. 

Em tempo real

O gerente de sistemas da G4S Plantech Instalarm, Márcio Tranche, conta que a transmissão das imagens é feita em tempo real. “A operação é 24 horas. Quando ocorre algum acidente, essa câmera tem capacidade de um giro de 360 graus. Seu zoom de 36 vezes é capaz de conseguir saber determinada distância e identificar um veículo.” Tranche também diz que, mediante programação dos policiais, as câmeras geram alarmes, quando identificadas situações irregulares na rodovia. “Por exemplo, caso a PRF programar alarme para um carro na contra-mão, a câmera quando identificar a situação vai disparar alarmes”, explica. As imagens para a Central de Operações serão transmistidas com alta resolução.

O funcionamento

As 24 câmeras estão instaladas em postes ao longo de 36 quilômetros da BR-116, desde o entroncamento da RS-239, entre Novo Hamburgo e Estância Velha, até a ponte do Guaíba, em Porto Alegre. As ligações seguirão o traçado da rodovia junto à linha da Trensurb.
As câmeras têm a capacidade de armazenar as imagens por 30 dias, permitindo a seleção delas por backup. O sistema poderá monitorar, por exemplo, possíveis fugas com veículos roubados e acidentes.
As imagens serão para uso interno da PRF, que poderá usar o material para verificação do fluxo do tráfego. Entre as propostas do projeto está o compartilhamento de informações com entidades como Brigada Militar, Polícia Civil, Bombeiros, Defesa Civil, Guardas Municipais e Samu. 

A Central 

A Central de Operações tem oito televisores de 42 polegadas, três computadores e três notebooks, monitorados por três policiais rodoviários treinados. A sede do videomonitoramento será em Porto Alegre, na BR-290. Os televisores têm a capacidade de visualizar a imagem inteira ou quadricular (em seis telas), permitindo que fique na mesma tela, ao mesmo tempo, oito câmeras com diversas imagens. 

Integração em discussão

De acordo com o chefe da Comunicação Social da PRF, Alessandro Castro, a integração entre o videomonitoramento com os municípios da região ainda deverá ser discutida. “A PRF vai esperar a Central estar funcionamento para depois debatermos com as prefeituras.” O videomonitoramento será de acesso apenas da equipe técnica da PRF e também servirá para orientar os policiais em infrações de motoristas e, assim, aplicar multas. A população não terá acesso às imagens, somente para demandas judiciais ou via imprensa.

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