quinta-feira, 13 de outubro de 2011

CONCURSO PÚBLICO PARA A POLÍCIA FEDERAL E POLÍCIA RODOVIÁRIA FEDERAL

Em breve, serão aberto concursos públicos para as Polícias Federal e Rodoviária Federal., sendo que o Ministro da Justiça só aguarda sinal verde do Planejamento



Segundo o ministro, o número de vagas ainda não foi definido, mas, espera que a liberação ocorra o mais rapidamente possível. “Haverá, sim, realização de concursos para provimento de cargos. O objetivo é preencher o maior número de cargos, dentro das nossas condições orçamentárias. Para isso, preciso de avaliação financeira do Ministério do Planejamento”, garantiu Cardozo, durante coletiva ontem na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ).

Cardozo informou que o reforço será aplicado no Plano Nacional de Policiamento de Fronteiras e também será empregado no programa de combate às drogas, desenvolvido com o Ministério da Saúde, e nos grandes eventos que o País sediará, como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas de 2016. Os dois terão a segurança coordenada pela Secretaria Extraordinária de Segurança em Grandes Eventos.


4.500 VAGAS ATÉ 2014


A diretora-geral da PRF, Maria Alice Souza, encaminhou proposta à Casa Civil para a criação de 4.500 vagas nos próximos três anos, como O DIA noticiou ontem. “Mas, ainda não é possível ter certeza de quantas vagas serão criadas. Isso vai depender do entendimento com os técnicos do Planejamento”, informou o ministro Cardozo. A previsão da PRF é que 1.500 vagas sejam abertas a cada ano até 2014. Mais do que na hora!! Todos sabem que o déficit da PRF é bem maior do que o da PF!! Se confirmar essa espectativa de 1500 vagas por ano, será uma excelente oportunidade!


UM TERÇO DOS FUNCIONÁRIOS DA POLÍCIA FEDERAL SE APOSENTA ATÉ 2016


A três anos da Copa do Mundo, não bastassem as filas nos aeroportos e a rede hoteleira saturada, a situação crítica vivida pela Polícia Federal ameaça a segurança do país que sediará o torneio de futebol e as Olimpíadas. Levantamento da Associação dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) revelou que 2.270 servidores da carreira — que inclui agentes, escrivães, delegados, peritos e papiloscopistas — poderão se aposentar até 2016. Isso sem contar os atuais 1.379 que já reúnem condições para parar de trabalhar, mas optaram por ganhar abono de permanência. Com isso, o total de funcionários que deixariam a corporação chegaria a 3.649, o que equivale a 32% do total em atividade.

As polícias Federal e Rodoviária Federal vão ganhar reforço em seus quadros. O ministro da Justiça , José Eduardo Cardozo, informou que aguarda avaliação financeira do Ministério do Planejamento para convocação de concursos públicos nas duas áreas. O levantamento deve ser concluído até o fim da semana.


Segundo o Ministério do Planejamento, há 6.185 agentes, 1.889 escrivães, 1.791 delegados, 1.110 peritos e 439 papiloscopistas na P.F. Outros 2.646 estão no chamado Plano Especial de Cargos, que abrange os servidores administrativos. Nas contas de Cláudio Tusco, diretor da ADPF, somente entre os delegados, uma média de 25 pessoas por ano chegam à idade de se aposentar. Desde 2006, 235 cargos ficaram vagos. “Enquanto o número de delegacias cresce, o de profissionais diminui. Ao cortar recursos para a segurança, o governo causa impunidade e aumenta a corrupção. Poucas operações nossas estancam rombos de bilhões de reais nos cofres públicos do país”, disse Tusco.O levantamento da associação revelou também que o quadro de servidores da PF está ficando cada vez mais envelhecido. Hoje, 13,2% do atual efetivo têm mais de 51 anos de idade. No caso do Plano Especial de Cargos, esse índice chega a 37,3%. Tusco estimou que, para receber os próximos grandes eventos esportivos, a Polícia Federal necessitará de 4.174 novos profissionais. "Esse é um assunto que preocupa muito a gente". Nos últimos anos, o nosso efetivo não aumentou. A Argentina, um país muito menor que o nosso, tem 40 mil policiais federais. Aqui, a categoria está cada dia mais sobrecarregada. Não conseguimos investigar tudo o que é necessário”, observou o diretor.

Procurada, a Polícia Federal se limitou a informar que aguarda do Ministério do Planejamento autorização para abrir concurso com 1.024 vagas, mas não quis dar detalhes sobre o quadro de pessoal da corporação. As oportunidades previstas são para os cargos de agente, escrivão, delegado e papiloscopista. No entanto, o corte nas seleções públicas e nas nomeações anunciado pelo governo para garantir o ajuste fiscal e proteger o país da crise global está emperrando a abertura do processo seletivo.

Jones Borges Leal, presidente do Sindicato dos Policiais Federais no Distrito Federal (Sindipol-DF), disse que um exemplo da escassez de profissionais é o Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília. “São apenas quatro policiais para cuidar de todo o terminal. Além disso, as nossas fronteiras estão desguarnecidas. Há trechos de até 400 quilômetros que não têm sequer um agente de polícia. Hoje, 20 mil servidores na corporação ainda não atenderiam a demanda”, avaliou.

Desde o início do ano, o Sindipol-DF organiza assembleias para discutir o caminho a ser tomado para pressionar o governo a conceder reajustes salariais. Embora a categoria não tenha conseguido dinheiro na proposta orçamentária de 2012 para garantir os aumentos, ela assinou com o secretário de Recursos Humanos, Duvanier Paiva Ferreira, um protocolo que define as diretrizes das negociações nos próximos meses. O documento diz respeito apenas aos cargos de agente, escrivão e papiloscopista, que recebem salário inicial de R$ 7.514,33 e final de R$ 11.879,08.

Eles discutem uma reestruturação para que, em três anos, a remuneração final chegue ao topo da carreira de oficial de inteligência, de R$ 18,4 mil, o que representa um aumento de 54,9%. No caso dos delegados e peritos, os vencimentos já vão de R$ 13,3 mil a R$ 19,6 mil. “A possibilidade de greve não está descartada. Estamos aguardando que o governo cumpra o que está estabelecido no protocolo e dê continuidade às negociações. O prazo vai até março de 2012”, disse Leal.

A Polícia Federal é apenas um exemplo do problema vivido no governo como um todo. Estima-se que, até 2015, cerca de 40% do atual 1,1 milhão de servidores públicos federais em todo o Brasil estejam em condições de se aposentar. Ao menos 452 mil pessoas poderão deixar os órgãos públicos a qualquer momento. Hoje, 80 mil funcionários já recebem abono de permanência.

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